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Contaminação de suínos por Yersinia enterocolitica no fluxograma de abate e sua relação com a granja

RESUMO:

O objetivo deste estudo foi detectar fontes de contaminação por Yersinia enterocolitica no fluxograma de abate e sua relação com a contaminação na granja. Sessenta suínos foram acompanhados. Foram coletadas amostras de fezes dos animais na granja de origem e durante o abate, diretamente do reto, após a insensibilização. Também foram coletadas amostras da carcaça após a passagem na depiladeira, após a evisceração, antes da entrada na câmara fria, da papada e da água do tanque de escaldagem antes de iniciar o abate e após a passagem dos animais. Os isolados foram obtidos através de análises microbiológicas, identificados por PCR e comparados através de rep-PCR. Yersinia enterocolitica foi isolada de três baias na granja de origem (20%) e de 20 amostras (6,67%) obtidas no fluxograma de abate. Após a rep-PCR, observou-se que os suínos contaminados na granja podem carrear o micro-organismo para diferentes pontos do fluxograma de abate. No entanto, outras fontes de contaminação que não a granja são mais frequentes e diversas. A papada e a carcaça na entrada da câmara fria são os pontos mais críticos. Conclui-se que Y. enterocolitica presente no trato gastrointestinal de suínos na granja pode não ser eliminada ao longo de todo o fluxograma de abate e permanecer na carcaça destinada à câmara fria.

Palavras-chave:
abatedouro-frigorífico; saúde pública; suinocultura.

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