Crescimento e atributos fisiológicos de mudas de mirtileiro inoculadas com fungos micorrízicosarbusculares

RESUMO:

Um dos fatores primordiais para alcançar alta produtividade e precocidade de mirtileiros é o emprego de mudas de alta qualidade. A inoculação de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) pode potencializar o desenvolvimento de plântulas no viveiro, garantindo mudas mais vigorosas e em menor espaço de tempo. O estudo objetivou avaliar o efeito da inoculação de fungos micorrízicosarbusculares no desenvolvimento de mudas de mirtileiro cv. Powderblue. Os tratamentos utilizados foram arranjados em um esquema fatorial 4 x 2, sendo o primeiro fator os diferentes fungos micorrízicos arbusculares G. rosea, G. clarum, G. rosea + G. clarum e um nível controle sem micorrizas, o segundo fator foi com uso de AIB e um nível controle sem AIB. Estacas semi-lenhosas foram plantadas em vasos contendo solo esterilizado, mantidos em casa de vegetação durante 660 dias. A porcentagem de estacas enraizadas, altura de plantas, comprimento de sistema radicular, e massa seca de parte aérea, sistema radicular e planta toda, atividade das enzimas peroxidase e superóxido dismutase, índice SPAD, eficiência e dependência micorrízica, número de esporos e respiração basal do solo foram avaliadas. Plantas inoculadas com G. clarum sem AIB e inoculadas com G. rosea com AIB apresentaram maior matéria seca e atividade das enzimas SOD e POD, em contrapartida, o uso de AIB teve efeito negativo sobre esse fungo. A inoculação de estacas de mirtilo com G. clarum pode auxiliar no desenvolvimento das mudas, melhorando assim, parâmetros biométricos e bioquímicos, além disso, o regulador vegetal AIB demonstra-se essencial no estabelecimento da simbiose entre o mirtileiro e o FMA G. rosea.

Palavras-chave:
AIB; Gigaspora rosea; Glomus clarum; índice SPAD; peroxidase; superóxido dismutase