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Infecção natural por Anaplasma marginale durante as primeiras semanas de vida de bezerros de uma propriedade leiteira da Amazônia Oriental

RESUMO:

Objetivou-se, na construção deste trabalho, detectar Anaplasma marginale por meio do esfregaço sanguíneo e Nested PCR (nPCR) e comparar os resultados com os sinais clínicos apresentados pelos bezerros em uma propriedade leiteira localizada no município de Castanhal, região nordeste do estado do Pará (1°07’19,1”S e 47°53’53,0”W), Amazônia Oriental. Para isso, foram coletadas 192 amostras sanguíneas de 24 animais, divididos em três períodos: 1-20, 21-41 e 42-60 dias de idade. Foram realizados esfregaços sanguíneos e nPCR com iniciadores para o gene msp5. A prevalência de A. marginale foi de 61,46% (118/192) tanto para a técnica de esfregaço sanguíneo quanto para nPCR (msp5). A manifestação de sinais clínicos da anaplasmose também foi significativamente crescente ao longo do estudo (P < 0,0001), sendo menor em animais de 1 a 20 dias, mas expandindo-se entre os de 21 a 41 dias e 42 a 60 dias, esses sinais foram caracterizados por apatia, febre, perda de peso, diarreia, desidratação e mucosas hipocoradas. Quanto a avaliação das técnicas diagnósticas, não houve diferença significativa entre a detecção de A. marginale no esfregaço sanguíneo e na nPCR (P = 0,995), porém se observou aumento riquetsêmico do agente no 47º dia (P < 0,01) em ambos os testes, demonstrando, assim, um padrão de aumento da riquetsemia próximo ao linear ao longo dos 60 dias, com consequente diminuição do volume globular. Assim, demonstra-se que dos 24 animais estudados, 21 se infectaram em algum momento do período estudado, e não houve diferença significativa entre esfregaço sanguíneo e nPCR, em virtude, provavelmente, das parasitemias médias e altas, as quais estiveram diretamente relacionadas com os sinais clínicos e a diminuição do volume globular.

Palavras-chave:
anemia hemoparasita; msp5; riquetsemia

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