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Estudo de Arbovírus em Philander opossum, Didelphis marsupialis e Nectomys rattus capturados em fragmentos florestais no município de Belém, Pará

RESUMO:

Os arbovírus são vírus que mantêm o seu ciclo de vida em ambiente silvestre. Eles são transmitidos aos hospedeiros vertebrados por dípteros hematófagos, tem caráter zoonótico podendo estabelecer um ciclo enzoótico no meio urbano, sendo que em humanos a infecção pode ter caráter encefalomiogênico a hemorrágico. Este estudo teve como objetivo relatar a ocorrência de arbovírus em mamíferos da ordem Didelphimorphia e Rodentia capturados na Amazônia. Os soros dos animais foram submetidos a testes de Inibição da Hemaglutinação utilizando um painel viral com as 19 principais espécies de arbovírus que ocorrem na Amazônia. Foram capturados 14 espécimes de mamíferos silvestres, 12 Philander opossum, 1 Didelphis marsupialis e 1 Nectomys rattus. A soropositividade para arbovírus foi observada em 57,14% (8/14) dos espécimes estudados, com soroprevalência monotípica para o vírus da Encefalite Equina do Leste (n = 1), o vírus Ilheus (n = 2) e o vírus Catu (n = 4) e quatro reações heterotípicos para Flavivírus e Orthobyavírus. Conclui-se que há manutenção e circulação de espécies de arbovírus com características enzoóticas em mamíferos silvestres da região amazônica, podendo ser hospedeiros em potenciais na transmissão da doença para humanos.

Palavras-chave:
arboviroses; mamíferos silvestres; Amazônia

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