Resumo
Por meio da descrição etnográfica dos meus processos de entrada em três unidades prisionais femininas de São Paulo – como pesquisadora, voluntária e como visita familiar –, proponho analisar como os métodos etnográficos da pesquisa estiveram intimamente relacionados às territorialidades e aos procedimentos de exame dos sujeitos que atravessam os checkpoints , os postos fronteiriços, das instituições penitenciárias. Com base na literatura feminista e antropológica, argumento que falar da caminhada etnográfica pelos corredores dos pavilhões penitenciários é necessariamente falar de tecnologias de gênero. Elas produzem e hierarquizam sujeitos localizados diferentemente nas geografias de poder que edificam as prisões.
Prisão; Antropologia; Feminismos; Gênero; Localizações Sociais