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ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO DE CIRURGIÕES DE COLUNA VERTEBRAL À RADIAÇÃO

RESUMO

Objetivo

Estimar a quantidade de radiação recebida e acumulada no corpo de dois cirurgiões, durante período de 25 anos de trabalho, sendo um o cirurgião responsável e outro, assistente, nos procedimentos de cirurgia da coluna vertebral.

Métodos

Foram realizadas 72 cirurgias de coluna vertebral em um período de sete meses, e as cargas de radiação foram medidas nos dois cirurgiões. A medição da radiação foi captada em fluoroscópio nas incidências anteroposterior e de perfil. O cirurgião e o auxiliar utilizaram dois dosímetros, sendo um na região cervical protegendo a tireoide e outro sobre o avental de chumbo, na região genital. As cargas radioativas foram medidas em milisievert e as cargas acumuladas foram registradas mensalmente em ambas as regiões do corpo nos dois cirurgiões, durante sete meses, foram estimadas as médias no período (1, 5, 10, 15, 20 e 25 anos) de trabalho.

Resultados

Observou-se que no cirurgião as médias das cargas de radiação acumulada foram 131,9% e 176,92% superiores às do assistente nas regiões cervical e genital, respectivamente.

Conclusão

Enquanto o uso dos raios X for indispensável na rotina da cirurgia ortopédica, há de se considerar o desenvolvimento de técnicas de proteção, rigor e disciplina no uso materiais de segurança para os cirurgiões. Medidas preventivas de redução da exposição, como uso de equipamento para proteção da tireoide e girar a cabeça para se afastar do paciente durante a fluoroscopia, entre outras, devem ser obrigatórias para promover menor exposição à radiação. Nível de evidência II; Estudo prospectivo comparativo.

Cirurgiões Ortopédicos; Coluna Vertebral; Exposição à Radiação; Equipamentos de Proteção Pessoal

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