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Voz do professor: sintomas de desconforto do trato vocal, intensidade vocal e ruído em sala de aula

RESUMO

Objetivo: Identificar se existe correlação entre a intensidade vocal das professoras e o ruído em sala de aula, assim como entre a intensidade vocal e os sintomas de desconforto do trato vocal, antes e após a aula. Métodos: Participaram 27 professoras do Ensino Fundamental I. Foram utilizados os questionários Condição de Produção Vocal do Professor e Escala de Desconforto do Trato Vocal, aplicados antes e após a aula. Para medição do ruído dentro da sala de aula e da intensidade vocal das professoras foi utilizado decibelímetro. Resultados: Houve correlação positiva moderada entre a intensidade vocal e o ruído. Observou-se diferença significativa entre a EDTV e as professoras com e sem queixa vocal antes e após a aula. Quando comparadas separadamente nos dois momentos, verificou-se aumento nos escores tanto para as professoras com queixa vocal quanto para as que não apresentaram queixa. Ocorreram associações dos sintomas do trato vocal antes e após a aula, da frequência de queimação, coceira, garganta irritada e garganta sensível. A intensidade dos sintomas foi significativa para garganta dolorida, coceira e bola na garganta. Observaram-se valores significativos sobre intensidade vocal e frequência e intensidade dos sintomas para garganta sensível e bola na garganta antes da aula e garganta irritada e bola na garganta após a aula. Conclusão: O aumento da intensidade vocal das professoras correlaciona-se aos altos níveis de ruído. Constata-se correlação entre intensidade vocal e sintomas de desconforto do trato vocal, sendo a maioria dos sintomas relatados com maior frequência e intensidade após a aula.

Descritores:
Fonoaudiologia; Voz; Ruído; Docentes; Saúde do Trabalhador; Condições de Trabalho

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