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Espaços de “lazer” em ambientes de trabalho na “Sociedade de desempenho”

Resumo

Este artigo propõe uma reflexão sobre a crescente inserção de espaços de lazer em ambientes de trabalho. Parte-se da hipótese de que esses espaços constituem uma forma de apropriação, por parte do empregador, do tempo de não trabalho de seus empregados. As referências conceituais vêm, principalmente, das noções de “Sociedade disciplinar” (Foucault), com a ideia de corpos dóceis conformados pela vigilância, e de “Sociedade de desempenho” (Han), mostrando como a vivência nesses espaços de exploração do tempo livre dos empregados pode ser facilmente confundida com uma experiência de liberdade. Conclui-se assinalando a participação ativa do trabalhador na sua própria exploração e apontando a necessidade de discutir as implicações psicossociais advindas dessa prática em franca expansão no capitalismo contemporâneo.

arquitetura e urbanismo; lazer; trabalho; vigilância; desempenho

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