OBJETIVO: O tratamento cirúrgico para o câncer de cabeça e pescoço, especificamente para o câncer de laringe, deixa seqüelas nos pacientes podendo alterar sua qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi pesquisar o impacto na qualidade de vida, no que diz respeito aos aspectos funcionais, físicos, psicológicos, sociais e o rastreamento da depressão. MÉTODO: Foram estudados 14 pacientes submetidos a laringectomia total e 16 pacientes submetidos a laringectomia parcial vertical. Para a avaliação da qualidade de vida utilizamos os questionários da Organização Européia de Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC), Quality of Life Core Questionnarie (QLQ-C30) e Head and Neck 35 (H&N35) e, para o rastreamento da depressão, o questionário Beck Depression. RESULTADOS: As funções social e emocional foram as mais afetadas no grupo de laringectomia total. 21,3% dos pacientes julgaram mediana sua qualidade de vida global. Dentro dos sintomas específicos, 85,5% referiram alteração no olfato e paladar, 71,3% tosse, 100% algum grau de dificuldade na fala e 64,3% dificuldades com a deglutição. No grupo de laringectomia parcial encontramos a função emocional afetada em 71,4%, a maioria julgou sua qualidade de vida global acima da média, 100% demonstraram algum grau de dificuldade com a fala e 31,3% referiram disfagia. CONCLUSÃO: Embora sendo cirurgias diferentes, ambos os grupos passaram por dificuldades similares em maior ou menor grau. Os resultados demonstraram piora nos parâmetros de qualidade de vida dos pacientes submetidos a laringectomia total.
Qualidade de vida; Neoplasias de laringe; Laringectomia; Depressão; Voz
