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Crioablação percutânea da próstata no tratamento do câncer de próstata de alto risco

OBJETIVO: Avaliar a crioterapia percutânea como tratamento primário para o câncer de próstata de alto risco. PACIENTES E MÉTODOS: De outubro de 2000 a fevereiro de 2005, 21 pacientes com câncer de próstata de alto risco foram submetidos a 24 crioablações de próstata como tratamento primário. A mediana de idade dos pacientes foi de 70,9, e a média do PSA pré-tratamento de 19,5 ng/dl. O tempo de seguimento variou de 6 a 60 meses (mediana de 41 meses). RESULTADOS: Os índices de falha do PSA foram de 39% e 52,9% respectivamente aos 12 e 24 meses de seguimento. A sobrevida livre de doença em 5 anos foi de 42,8%. De maneira geral os índices de complicações foram baixos, com 8% de incontinência urinária e nenhum caso de lesão retal. Os índices de impotência foram de 96%. Em doze pacientes (57,2%) onde houve falha da crioablação, 7 (58,3%) apresentaram recidivas locais (biópsia positiva) e os demais recidiva a distância. CONCLUSÃO: A crioablação percutânea da próstata é um tratamento minimamente invasivo da próstata, seguro, porém ainda com resultados modestos em pacientes com câncer de próstata de alto risco, quando se considera a sobrevida livre de doença em 5 anos, havendo portanto necessidade de associação de outras modalidades terapêuticas no tratamento deste grupo específico de doentes.

Câncer de próstata; Crioterapia; Tratamento do câncer de próstata


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