Resumo
A Guiana ocupa um território com posição geográfica estratégica na Amazônia e no Grande Caribe, revelada no pensamento estratégico e na presença militar dos Estados Unidos. Seu território apresenta recursos naturais abundantes, especialmente após as recentes descobertas de significativas reservas de petróleo, tendo como protagonista a empresa estadunidense ExxonMobil. Ao mesmo tempo, o país apresenta uma divisão política e étnica interna. Ainda, Venezuela e Guiana travam uma disputa histórica pela região de Essequibo, na qual há expectativa de presença de recursos estratégicos. O argumento central do artigo é que as descobertas petrolíferas na Guiana trouxeram implicações geopolíticas e geoeconômicas do ponto de vista da acentuação das disputas internas e externas, referentes aos interesses dos EUA e da Venezuela, que se revelam nas ações recentes de seus Estados. De forma mais ampla, aponta que o norte da América do Sul se tornou um dos palcos da disputa de poder global, considerando a presença sino-russa na região, em um contexto de ausência do Brasil. O artigo se apoia em conceitos de geopolítica, dados sobre energia, bibliografia acadêmica e jornalística especializadas, para fazer um levantamento e avaliação das ações dos atores mencionados em decorrência das descobertas petrolíferas.
Palavras-chave
Petróleo; Guiana; Venezuela; Estados Unidos; China
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Source: Prepared by the authors based on information from the Guyana’s Ministry of Natural Resources, Guyana’s Ministry of Foreign Affairs, Venezuela’s National Organization for Rescue and Maritime Safety of Aquatic Areas, and ExxonMobil.