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Investimentos chineses no Brasil: Diplomacia Econômica nas relações bilaterais

Resumo

A República Popular da China consolidou seu status de grande potência e fortaleceu sua presença em diferentes regiões do planeta. Respondendo à sua estratégia de desenvolvimento econômico, o crescente vínculo de Pequim com a América Latina é parte da necessidade da China de garantir seu acesso a matérias-primas e recursos energéticos. Neste contexto e através da diplomacia econômica, a China tem fortalecido o comércio, empréstimos e investimentos na maioria dos países da região. O Brasil responde a este padrão de relacionamento, sendo um dos parceiros mais importantes da China na América Latina. O país é o primeiro destino de investimento do gigante asiático na região e em 2012 Pequim se tornou seu primeiro parceiro comercial. Este trabalho analisará a composição e a evolução do investimento estrangeiro direto (IED) chinês no Brasil no período entre 2004 e 2020. Para isso, estudaremos os principais projetos realizados, bem como as características das empresas chinesas (estatais ou não) que deles participaram, a fim de compreender as características mais importantes desse processo. Da mesma forma, analisaremos a articulação do IED com o fluxo comercial entre os dois países. Partiremos da premissa de que os investimentos chineses no Brasil estão diretamente ligados aos interesses estratégicos de Pequim e, ao mesmo tempo, guiados por lógicas de mercado que tentam maximizar os lucros. Nesta etapa, dentro do marco da ‘estratégia de saída’, as empresas estatais desempenham um papel fundamental.

Palavras-chave
América Latina, China, diplomacia econômica, IDE, interesses estratégicos.

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