Acessibilidade / Reportar erro

MATÉRIA SECA E RELAÇÕES HÍDRICAS EM MUDAS DE Eucalyptus sp. EM FUNÇÃO DA FERTILIZAÇÃO POTÁSSICA E DA UMIDADE DO SOLO

RESUMO

No Brasil, uma considerável porção dos plantios comerciais de eucalipto está localizada em regiões sujeitas a períodos de déficits hídrico (DH) e, normalmente, em solos de baixa fertilidade natural, particularmente pobres em K, o que pode comprometer o crescimento e as relações hídricas das plantas. Assim, este trabalho teve como objetivo verificar a influência da adubação potássica e do potencial de água do solo (Ψw) na produção de matéria seca e nas relações hídricas de mudas de eucalipto, em casa de vegetação. O experimento foi constituído de 32 tratamentos, compreendendo quatro espécies de eucalipto (Eucalyptus grandis, Eucalyptus urophylla, Eucalyptus camaldulensis e o híbridoEucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla), quatro doses de K (0, 50, 100 e 200 mg dm-3 de K) e dois regimes de umidade do solo (-0,01MPa e -0,10 MPa), no delineamento em blocos casualizados, em esquema fatorial, com três repetições. Foram utilizados vasos de PVC, com fundo de isopor, contendo 3,0 dm3 de solo, com duas plantas por vaso. O Ψw foi mantido em -0,01MPa por 40 dias. Após, as unidades experimentais foram divididas em dois grupos, sendo o Ψw, em um deles, mantido a -0,01MPa e, no outro, a -0,10 MPa. O controle da umidade do solo foi feito gravimetricamente. Uma semana antes da colheita do experimento, foram avaliados o potencial da água da folha (Ψ), a taxa fotossintética (A), a condutância estomática (gs) e a taxa de transpiração. Durante a última semana de condução do experimento, a massa dos vasos foi anotada diariamente antes da colocação de água de modo a se determinar o consumo de água pelas plantas. Na colheita, as plantas foram coletadas e determinada a matéria seca. Também, foi determinada a área foliar. Os dados foram submetidos à análise de variância, a testes de Tukey e análises de regressão. A aplicação de K influenciou a A, a gs, a transpiração e a EUA. Plantas deficientes em K apresentaram menor A e maior gs e taxa de transpiração, com consequente menor EUA. Não houve diferenças estatísticas na A, gs e taxa de transpiração entre plantas com e sem DH. A adição de K diminuiu o consumo de água por unidade de área foliar e, em geral, plantas submetidas à DH apresentaram menor consumo de água.

Palavras-chave:
nutrição potássica; eucalipto; déficit hídrico; relações hídricas

Universidade Federal de Santa Maria Av. Roraima, 1.000, 97105-900 Santa Maria RS Brasil, Tel. : (55 55)3220-8444 r.37, Fax: (55 55)3220-8444 r.22 - Santa Maria - RS - Brazil
E-mail: cienciaflorestal@ufsm.br