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Aspectos iniciais da fenologia reprodutiva de plantas de Monteverdia ilicifolia (Mart. ex. Reissek) Biral cultivadas com bioestimulantes

Initial aspects of the reproductive phenology of plants from Monteverdia ilicifolia (Mart. ex. Reissek) Biral cultivated with biostimulants

RESUMO

O objetivo do estudo foi avaliar a fenologia reprodutiva em um plantio de Monteverdia ilicifolia, cujas mudas foram produzidas com Trichoderma e vermicomposto, visando identificar o momento em que ocorre a mudança para a fase adulta reprodutiva da espécie e possíveis efeitos dos bioestimulantes no desenvolvimento reprodutivo das plantas. A semeadura foi realizada em tubetes de 180 cm³ de volume em casa de vegetação em novembro de 2015. Para o ensaio com Trichoderma spp., foram testadas três cepas não-comerciais (cepas T1 e T2: Trichoderma asperelloides; T10: Trichoderma virens) inoculadas em substrato comercial e um tratamento sem Trichoderma (controle), constituindo quatro tratamentos com cinco repetições cada, totalizando 20 plantas. Para o ensaio com vermicomposto, foram testadas diferentes proporções de vermicomposto e solo não-estéril. Os percentuais de vermicomposto avaliados foram: 0; 20; 40; 50; 60 e 80% em relação ao solo não-estéril (tratamentos T0, T20, T40, T50, T60 e T80), sendo testadas dez repetições por tratamento, totalizando 60 plantas. O transplante das mudas para o campo ocorreu aos 330 dias, em espaçamento 4,0 m x 3,5 m, constituindo dois ensaios, os quais foram avaliados individualmente. A fenologia reprodutiva de M. ilicifolia foi avaliada em 2018, 2019 e 2020, pelo método presença/ausência de floração e frutificação, quantificados pelo índice de atividade (IA), que exprime o percentual de indivíduos que manifestaram os eventos em cada amostragem. As análises foram realizadas de forma direta e mensalmente, entre os meses de agosto a dezembro de cada ano. A primeira fenologia reprodutiva da espécie ocorreu 22 meses após o plantio. O índice de atividade de floração foi mais intenso que o índice de atividade de frutificação no decorrer dos três períodos reprodutivos analisados, mas ainda são incipientes para inferir sobre a ação dos bioestimulantes, tendo em vista a presença de dois tipos florais com características que podem ter influenciado nos resultados encontrados. Por isso, é necessário avaliar a tipologia floral de cada indivíduo cultivado para compreender melhor a dinâmica reprodutiva da espécie na área de estudo e confirmar possíveis efeitos dos bioestimulantes.

Palavras-chave
Índice de atividade; Espinheira-santa; Vermicomposto; Trichoderma

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