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POLÍTICAS SOCIAIS E ORGANIZAÇÕES POPULARES NA ARGENTINA (2003-2011): mediação social e mobilização política nos bairros periféricos de Buenos Aires

Este artigo se inscreve nos debates sobre as rupturas e continuidades entre os governos nacionais argentinos das últimas décadas a partir da análise das políticas sociais focalizadas de luta contra a pobreza. A pesquisa examina particularmente as relações entre as organizações sociais e o Estado durante os dois primeiros governos kirchneristas (2003-2011) e focaliza a execução de um programa de inclusão social denominado “Renda social com trabalho”, que aponta para a criação de cooperativas de trabalho em bairros carentes. Os resultados da enquete empírica revelam certa continuidade das políticas sociais entre os anos 1990 e 2000 por meio do modelo de transferências condicionadas de renda, manifestada tanto em seu delineamento como nas práticas de execução, que outorgam um poder discricionário aos intermediários. Do mesmo modo, ilustra uma reconfiguração das relações entre as classes populares e o Estado por meio de aliança política entre o governo nacional e as organizações sociais.

Palavras-chave:
Políticas sociais; Organizações sociais; Classes populares; Kirchnerismo; Argentina


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