Neste trabalho, meu interesse é focalizar a produção e a luta em torno da ilegalidade de vendedores ambulantes e coletores informais de lixo. Abordar as atividades a partir das ilegalidades e tais ilegalidades em relação à desigualdade social permite compreender o modo como os sujeitos legítimos se constroem no espaço público. Isso permite repensar os processos de legalidade ou ilegalidade como algo dado, mostrando os jogos de poder existentes em torno de atividades, mas, sobretudo, de sujeitos legítimos. Também permite compreender a teia de relações sociais que não podem ser entendidas como formais legais ou ilegais estáticas. Atender às dinâmicas e às ações, o modo como são apresentadas nos dá pistas sobre o modo como certas atividades e certos grupos sociais lutam pelo uso do espaço público e para ter acesso à reprodução em sentido amplo, com formas dignas e legítimas de ganhar a vida.
Palavras-chave:
Buenos Aires; Coletores de resíduos; Venda ambulante; Ilegalidades; Disputas urbanas