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Variabilidade de solos em posições distintas da paisagem no Jardim Botânico de Porto Alegre, sul do Brasil

RESUMO

O conhecimento das características dos solos em áreas onde são desenvolvidas atividades relacionadas ao meio ambiente, como no Jardim Botânico de Porto Alegre (JB-PoA), é condição fundamental para o uso sustentável desse recurso natural. Objetivo-se, com este estudo, foi caracterizar, classificar e avaliar aspectos da formação dos solos do Jardim Botânico de Porto Alegre, bem como relacionar a sua distribuição na paisagem às características do ambiente. Para a descrição morfológica e coleta de amostras foram selecionados quatro perfis (P1 a P4) localizados, respectivamente, no terço superior, terço médio, sopé e planície de inundação. A granulometria dos perfis P1 e P3 indicou gradiente textural acentuado, com horizonte B textural e B plânico, respectivamente, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. A relação Fed/Fes foi maior no perfil do terço superior (P1), indicando maior intemperismo. Houve predomínio de baixos valores de pH e de distrofismo, com exceção do P4, indicando provável deposição de materiais em solução nessa área. A relação Feo/Fed aumentou nos perfis P3 e P4, com maior participação dos óxidos de ferro de baixa cristalinidade em ambiente redutor. Alguns processos de formação predominantes podem ser inferidos, como a lessivagem, pela cerosidade e maior relação argila fina:argila total em P1 (Argissolo); a ferrólise e gleização, pelo baixo valor de pH e alta relação Feo/Fed nos horizontes E e EB de P3 (Planossolo), sendo esta última também presente em P4 (Gleissolo), indicando ocorrência de gleização.

Termos para indexação:
Relação solo-paisagem; processos pedogenéticos; lessivagem; ferrólise; gleização

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