RESUMO
Dentre uma variedade de híbridos produzidos no Brasil, tambatinga é um híbrido obtido do cruzamento da fêmea de tambaqui com um macho de pirapitinga. Embora o ganho de peso rápido em menos tempo seja uma característica atraente do ponto de vista comercial, as informações sobre suas necessidades nutricionais, especialmente as de aminoácidos, são limitadas. Como as dietas à base de milho e farelo de soja para peixes contêm níveis deficientes do aminoácido essencial metionina, nosso objetivo foi determinar a proporção de metionina digestível mais cistina para lisina em dietas para alevinos de tambatinga. Foram usados 900 peixes com pesos médios iniciais variando de 1,49 ±0,59 a 4,14 ±1,70 g alimentados com dietas contendo seis diferentes relações da metionina mais cistina com a lisina digestível (50, 55, 60, 65, 70 e 75%). Foram avaliados parâmetros de desempenho, eficiência alimentar, deposições corporais de proteína, gordura e cinzas e eficiência de retenção de nitrogênio. O aumento da relação da metionina mais cistina:lisina digestível na dieta melhorou quadraticamente o consumo de ração, consumo de metionina digestível mais cistina, ganho de peso, taxa de crescimento específico e conversão alimentar, deposição de proteína e cinzas corporais e eficiência de retenção de nitrogênio até as proporções estimadas de 57%, 73%, 58%, 58% e 59%, 59%, 58% e 60%, respectivamente; e reduziu linearmente a eficiência de metionina mais cistina para o ganho de peso. Por outro lado, a deposição de gordura corporal não foi afetada. Concluímos que a relação da metionina mais cistina:lisina digestível nas rações para alevinos de tambatinga é de 59%, por proporcionar melhor desempenho e deposição de proteína corporal.
Termos para indexação:
Colossoma macropomum x Piaractus brachypomus; aminoácidos sulfurados; proteína ideal.
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