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Qualidade fisiológica, anatomia e histoquímica durante o desenvolvimento de sementes de cenoura (Daucus carota L.)

RESUMO

A colheita das sementes de cenoura no momento adequado tem reflexos diretos sobre a sua qualidade fisiológica. O objetivo do trabalho foi avaliar as alterações fisiológicas, anatômicas e histoquímicas em sementes de cenoura colhidas em diferentes estádios de desenvolvimento e estabelecer a época mais adequada para a colheita. Foram colhidas umbelas secundárias aos 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56 e 63 dias após antese (DAA). Para a caracterização anatômica e histoquímica os cortes foram corados com Azul de toluidina, Xylidine Ponceau, Lugol, Sudan black B e submetidos à luz polarizada. As sementes foram submetidas aos seguintes testes: grau de umidade, matéria seca, germinação, primeira contagem, porcentagem e índice de velocidade de emergência de plântulas. Sementes de cenoura ‘Brasília’, aos 14 DAA, encontram-se em divisão e expansão celular e apesar da reduzida matéria seca, lipídios foram identificados no endosperma. Aos 21 DAA, além de lipídios, proteínas e amido foram identificados. A maturidade fisiológica das sementes ocorreu aos 35 DAA, com o endosperma ocupando praticamente todo volume das sementes, o embrião ocupando uma pequena região cilíndrica e o tegumento apresentando uma única camada de células. Nesta fase, as sementes apresentaram 56% de grau de umidade e a coloração do pericarpo era verde-amarelo. A máxima germinação e vigor das sementes ocorreu aos 30 DAA, um pouco antes da maturidade fisiológica (35 DAA). Portanto, a época ideal para a colheita das sementes de cenoura ‘Brasília’ é a partir de 30 DAA, quando as sementes apresentam máxima qualidade fisiológica.

Termos para indexação:
Maturação; colheita; substâncias de reserve; germinação; vigor.

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