Restrição hídrica em diferentes fases fenológicas e o aumento da temperatura afetam a produção de feijão-caupi

RESUMO

O déficit hídrico e as altas temperaturas são os fatores abióticos que mais restringem o crescimento e desenvolvimento das plantas. Entretanto, seus efeitos dependem da fase de desenvolvimento da cultura, da duração e da intensidade do estresse. Com isso, objetivou-se com esse trabalho, avaliar o desenvolvimento do feijão-caupi submetido à restrição hídrica em diferentes fases fenológicas e ao aumento da temperatura do ar. O experimento foi conduzido com a cultivar Carijó, em câmaras de crescimento, em arranjo fatorial de 4x3x2, sendo as disponibilidades hídricas (25, 50, 75, and 100%,) as fases fenológicas (vegetativa, floração e enchimento das vagens) e os regimes de temperatura (T°1: 20-26-33 °C e T°2: 24.8-30.8-37.8 °C) , respectivamente. A redução da disponibilidade hídrica nas fases vegetativa e na floração ocasionou queda na produção de sementes. A porcentagem de flores abortadas foi maior para as plantas mantidas no regime de temperatura com um aumento de 4.8 °C, com consequentemente, redução na produção de sementes. O aumento da disponibilidade hídrica, favoreceu a produção de massa seca da parte aérea e da raiz. O aumento de 4,8 °C não afetou o peso da massa seca da parte aérea e das raízes, porém, reduziu cerca de 83% da eficiência de uso da água pela planta. Verificou-se as maiores atividades enzimáticas da CAT GPX e SOD nas plantas submetidas ao regime de temperatura de com um aumento de 4.8 °C. Apenas a APX apresentou menor atividade enzimática com o aumento da temperatura. A cv. Carijó apresenta maior sensibilidade ao aumento de 4,8 °C na temperatura do ar do que aos déficits hídricos.

Termos para indexação:
Estresse abiótico; estresse oxidativo; fenologia; Vigna unguiculata.