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Diferente resposta de genótipos de cana-de-açúcar em múltiplo estresse

RESUMO

Pesquisas científicas focadas em identificar genótipos tolerantes a estresse abiótico são altamente desejáveis, pois, o uso desses genótipos permite reduzir custos de manejo do solo, da cultura e perdas de produtividade. O objetivo desse trabalho foi determinar o comportamento de 24 genótipos de cana-de-açúcar sob elevados teores de Al3+ e Mn2+, associado a baixa disponibilidade de nutrientes. O ensaio foi instalado e conduzido em casa de vegetação em delineamento inteiramente casualizado, num esquema fatorial 24x2, correspondendo a 24 genótipos, dois tratamentos (com e sem estresse), com quatro repetições. No tratamento sem estresse, as plantas foram cultivadas em solução nutritiva completa e no com estresse foi utilizada solução nutritiva com elevada acidez (4,0 ± 0,1) e com 5% da sua concentração original, além da elevada concentração de alumínio (60 mg L-1) e manganês (700 mg L-1). Os genótipos RB966928, RB855443, IACSP96-3060, SP81-3250, RB867515, CTC 21, RB965902 e IAC91-1099 foram os que tiveram suas características biométricas menos afetadas pelo estresse, possivelmente devido a capacidade de continuarem o processo de divisão e elongação celular e manterem regiões meristemáticas viáveis, dessa forma, foram considerados os mais tolerantes. Por outro lado, os genótipos RB965917, CTC 15, CTC17, RB855536, CTC 2, CTC 20 e CTC99-1906 foram os mais sensíveis ao estresse. O sistema radicular foi o mais afetado pelo estresse sendo que a maioria dos genótipos apresentaram mais de 70% de redução da biomassa da raiz. Não houve relação entre o nível de tolerância dos genótipos com os ciclos de maturação.

Termos para indexação:
Estresse abiótico; casa de vegetação; Saccharum spp.; sistema alternativo de hidroponia.

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