RESUMO
O milho é um cereal cuja produtividade pode ser reduzida por diversas doenças foliares, o que tem preconizado tratamentos para controle. O objetivo deste estudo foi analisar se produtos à base de cobre, zinco, cálcio e manganês são eficientes para manejo de Pantoea ananatis, Puccinia polysora e Cercospora zeae maydis em milho de segunda safra, e se interferem nos caracteres agronômicos. Foram testados produtos comerciais quelatos de aminoácidos com os elementos cálcio 15%, cobre 5%, manganês 15% e zinco 10%, na dose de 0,5 kg ha-1, 0,3 L ha-1, 0,4 kg ha-1 e 1 L ha-1, respectivamente, um tratamento com fungicida (azoxistrobina 20% e ciproconazol 8% na dose de 0,3 L ha-1 + propiconazol 25% na dose de 0,4 L ha-1), e um tratamento com água. Os ensaios foram realizados em campo por dois anos consecutivos e em dois híbridos simples, em solo cuja fertilidade foi corrigida baseada na análise química do mesmo. Foram avaliados os caracteres agronômicos altura de plantas, diâmetro de colmo, número de fileiras por espiga, número de grãos por fileira da espiga, produtividade e massa de mil grãos. A severidade das doenças foi avaliada com escala diagramática ou através de estimativas de severidade, dependendo do patossistema, e os dados foram utilizados para calcular a área abaixo da curva de progresso da doença. Em nenhum dos anos estudados foi registrado efeito significativo dos quelatos para os caracteres agronômicos e para a severidade das doenças que ocorreram nas condições em que o estudo foi conduzido. Novos trabalhos em solos e ambientes diferentes e utilizando híbridos distintos poderão apresentar resultados satisfatórios, assim como em área onde se verifica deficiência destes nutrientes. Conclui-se através deste estudo que produtos à base de cálcio cobre, manganês e zinco não tem influência sobre caracteres agronômicos e severidade das doenças avaliadas em milho de segunda safra para as condições edafoclimáticas de condução dos trabalhos.
Termos para indexação:
Controle alternative; nutrição; Zea mays L.