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Uso de métodos tampões para estimar a acidez potencial de solos de Mato Grosso

RESUMO

O estado de Mato Grosso, com uma área de 903 357 km², não possui uma metodologia oficial para estimar a acidez potencial do solo (H + Al), e sua determinação pelo método padrão é onerosa e demorada. O objetivo deste estudo foi comparar os valores estimados de (H + Al) determinados pelo método padrão de acetato de cálcio com os obtidos por três métodos tampão, a saber, tampão Shoemaker, McLean and Pratt (SMP), tampão Sikora e tampão Santa Maria (SMB), considerando amostras das principais classes de solos cultivados no estado de Mato Grosso. Para isso, 196 amostras de solo foram coletadas na camada arável (0-20 cm) em diferentes sistemas agropastoris e nativos adjacentes. Os modelos estatísticos obtidos foram comparados com modelos hipoteticamente inadequados utilizados pelos laboratórios, pois não há calibração para solos no estado. Após as análises laboratoriais, os pares de valores determinados de H+Al e o pH de equilíbrio corresponde de cada solução tampão foram submetidos a análise de correlação e regressão não-linear (p < 0,05). Verificou-se que o método SMB, que não gera resíduos de poluentes no meio ambiente, foi melhor que os métodos Sikora e SMP para substituir o método padrão, usando a equação H + Al (cm 3 c dm-3) = 51.189-25.70 ln (pHSMB) (R2 = 0,88, P < 0,0001). Assim, se os laboratórios usarem equações não calibradas para estimar a acidez potencial do solo, isso implica subestimar ou superestimar a recomendação de calcário, o que pode comprometer a produtividade das culturas no Mato Grosso.

Termos para indexação:
Calcário; tampão SMP; tampão Sikora; tampão Santa Maria

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