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Produção e avaliação mecânica de compósitos biodegradáveis por fungos de podridão branca

RESUMO

A produção de embalagens plásticas cresce mundialmente, o que resulta no acúmulo destes materiais no ambiente devido ao descarte inadequado e por serem de difícil decomposição. De forma alternativa, os compósitos produzidos com resíduos agrícolas e fungos filamentosos podem apresentar propriedades físicas e mecânicas similares ou superiores ao poliestireno expandido, a depender da espécie fúngica e do substrato de cultivo. Na literatura, não foram encontrados relatos sobre o emprego de pó de coco e fungos comestíveis de podridão branca nas propriedades mecânicas de compósitos. Assim, o objetivo deste trabalho foi selecionar isolados fúngicos e avaliar o período de cultivo na resistência mecânica de compósitos produzidos em pó de coco suplementado com farelo de trigo. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso em esquema fatorial 5 x 3 correspondente ao cultivo de cinco isolados fúngicos comestíveis (Pleurotus ostreatus - POS-W, POS-SP1 e POS-98/38; Pleurotus eryngii - POS ER e Pycnoporus sanguineus - PS) e três períodos de cultivo após a completa colonização do substrato (15, 30 e 45 dias), com quatro repetições. O período de cultivo dos isolados fúngicos pode influenciar na perda de massa e de volume do compósito. A resistência à compressão e a tenacidade do compósito são influenciadas pelo isolado fúngico e pelo tempo de cultivo do fungo. Os isolados de Pycnoporus sanguineus, de Pleurotus ostreatus e P. eryngii apresentam características para produção de compósitos biodegradáveis.

Termos para indexação:
Biotecnologia; fungos comestíveis; pó de coco.

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