RESUMO
A evolução de plantas daninhas resistentes e tolerantes ao glyphosate tem causado mudanças no manejo de plantas daninhas em todo o mundo. Herbicidas residuais são cruciais para o manejo dessas plantas daninhas, porém a taxa de adoção dessas ferramentas ainda é significativamente baixa no Brasil. Nesta pesquisa, Ipomoea triloba tolerante ao glyphosate foi utilizada como uma espécie modelo para avaliar, em múltiplos anos e localidades do Brasil, as vantagens de se utilizar herbicidas residuais em soja, comparado ao controle realizado apenas em pós-emergência. A maioria dos herbicidas residuais proporcionaram atividade residual suficiente para uma janela maior de aplicação em pós-emergência. Tratamentos com herbicidas residuais também aumentaram o controle final de plantas daninhas, prevenindo a interferência inicial com a soja, o que refletiu em maior produtividade. Maiores porcentagens de controle sobre I. triloba foram observadas quando dois herbicidas residuais foram utilizados, em comparação à apenas um, especialmente nos anos e localidades com alta infestação. O uso de herbicidas utilizados em pré-emergência permite uma janela de aplicação maior em pós-emergência, o que pode ser importante em grandes propriedades onde logística constitui um entrave.
Termos para indexação:
Pré-emergência; manejo de plantas daninhas; resistência a glyphosate; produtividade; mato-interferência.