Dependência espacial e precisão experimental em ensaios com feijão-de-vagem (Phaseolus vulgaris L.) relacionadas aos números de plantas e de colheitas

RESUMO

A variabilidade produtiva em cultivos olericolas afeta o planejamento e a qualidade de experimentos, levando a conclusões errôneas. Os objetivos foram verificar a dependência espacial da fitomassa fresca de vagens de feijão-de-vagem e dimensionar os números de plantas e de colheitas para melhor precisão experimental. Com os dados da fitomassa fresca de vagens de ensaios realizados em cultivo protegido e a campo com feijão-de-vagem foram ajustados semivariogramas com os dados transformados em indicadores. Foram combinados diferentes tamanhos de parcela e de agrupamentos de colheitas, sendo ajustados os modelos teóricos esférico, exponencial e gaussiano. Também foi ajustado um modelo de superfície de resposta tendo como variável dependente o coeficiente de variação e, como independentes, os números de plantas por parcela e de colheitas. As estimativas dos parâmetros dos modelos teóricos de semivariograma indicaram fraca dependência espacial. A média de fitomassa fresca de vagens possui distribuição aleatória nos ensaios, não sofrendo influência do número de plantas por parcela ou do número de colheitas agrupadas. As melhores combinações entre os números de plantas por parcela e de colheitas, para os menores coeficientes de variação e maior precisão experimental, são parcelas de 24 plantas, para os ensaios realizados em estufa plástica e a campo e 28 plantas para os ensaios em túnel plástico, no outono-inverno, combinados com o agrupamento de todas as colheitas. Na primavera-verão o número de plantas por parcela foi de 30 para os ensaios em túnel plástico e cultivo a campo, também combinados com o agrupamento de todas as colheitas.

Termos para indexação:
Geoestatística; variabilidade espacial; modelos de regressão múltipla; planejamento de experimentos; coeficiente de variação