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Encapsulação de óleo essencial de orégano pelo método de coacervação complexa: Influência da temperatura, força iônica e pH na cinética de liberação em meio aquoso

RESUMO

Óleo essencial de orégano (OEO) apresenta propriedades antimicrobianas e antioxidantes. Os compostos bioativos do OEO são voláteis. Portanto, a encapsulação ajuda a proteger a atividade dos compostos quando expostos a condições danosas, como alta (ou baixa) temperatura, luz e oxigênio. A encapsulação também auxilia a melhorar a dispersibilidade do componente em meios aquosos, facilitando sua aplicação em produtos alimentícios formulados. Nós estudamos a cinética de liberação do OEO microencapsulado por coacervação complexa entre gelatina e goma arábica, focando a influência das propriedades físico-químicas do meio aquoso de liberação (temperatura (4, 25 e 30 ºC), força iônica (0, 0.5, 1.0 e 1.5 M) e pH (3.8, 4.2 e 4.8)). Suas capacidades de agirem como gatilhos de liberação também foram investigadas. Altas taxas de OEO liberado ocorreram nos meios com elevada força iônica (74% liberado em 5 h), alto pH (78% liberado em 7 h) e baixa temperatura (71% liberado em 7 h). Em meios com temperatura acima de 30 ºC e pH 3.8, a estrutura coacervada foi desintegrada. Um delineamento de faces centradas (DFC) baseado em 17 amostras foi construído e um modelo empírico desenvolvido para prever as condições de máxima liberação. A maior porcentagem de óleo (atingindo até 85%) é liberada em longos períodos de tempo (em média 7 h) sem causar danos às microcápsulas. O modelo de Peppas mostrou o melhor ajuste para todos perfis de liberação, com R² > 0,86 e erro residual médio < 6%, indicando o domínio da difusão de Fick na liberação de OEO.

Termos para indexação:
Microencapsulação; transferência de massa; difusão; gelatina; goma arábica.

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