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Irrigação de milheto com água residuária tratada: Resposta de trocas gasosas e acúmulo de nutriente

RESUMO

As águas residuárias podem ser consideradas como uma fonte hídrica e nutricional excelente para as plantas cultivadas. Porém, a presença de altas concentrações de sais e de compostos tóxicos pode afetar negativamente as plantações. Avaliou-se o efeito da irrigação com diferentes concentrações de água residuária tratada sobre o acumulo de nutrientes e os aspectos fisiológicos do milheto (Pennisetum glaucum (L.) R. Br.) cultivado em solo argiloso e franco arenoso. O estudo foi conduzido em casa de vegetação (16°40’57,50” S; 43°50’26,07” O; 650 m) em esquema fatorial 5 x 2, consistindo de cinco níveis de concentração da água residuária tratada (0, 25, 50, 75 e 100%), combinado com dois tipos de solo (argiloso e franco arenoso). O delineamento estatístico do experimento foi em blocos casualizados com quatro repetições. O aumento na concentração de água residuária tratada na água de irrigação aplicada em solo argiloso e franco arenoso favoreceu o aumento da fotossíntese líquida, taxa de transpiração, condutância estomática, teor de clorofila foliar e acumulo de macro e micronutrientes nas plantas de milheto. Plantas de milheto cultivadas em solo argiloso apresentam aumento médio de 23% na capacidade de troca de gases e de 71% no acumulo de macro e micronutrientes, quando comparado com os tratamentos em solo franco arenoso. Portanto, a água residuária tratada contribui para o aumento da capacidade de troca de gases e maior acumulo de nutrientes em plantas de milheto, o que representa uma alternativa para a redução da demanda por água doce e uso de fertilizantes químicos.

Termos para indexação:
Pennisetum glaucum; reuso de água; absorção de nutrientes; fotossíntese.

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