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Variabilidade espacial de poros em Latossolo oxídico sob sistema de manejo conservacionista com diferentes doses de gesso

A estrutura do solo é alterada quando submetida ao processo agrícola, ou seja, uma nova organização espacial do sistema poroso é formada com reflexo na qualidade física do mesmo. Dessa forma, objetivou-se, neste trabalho, visualizar e quantificar, por meio da tomografia computada de raios-X, a variabilidade na distribuição do diâmetro de poros em Latossolo oxidíco submetido a um sistema de manejo conservacionista que utiliza diferentes doses de gesso. Foram abertas três trincheiras aleatórias e longitudinais à linha de plantio em um Latossolo Vermelho distrófico gibbsítico muito argiloso, submetido às seguintes doses de gesso: G0: ausência de gesso; G7: 7 Mg ha-1 e G28: 28 Mg ha-1 de gesso adicional, aplicados na superfície do solo na linha de plantio. Amostras com estrutura preservada foram coletadas em cilindros de acrílico, nas profundidades de 0,20-0,34, 0,80-0,94 e 1,50-1,64 m, após seis anos de cultivo dos cafeeiros ,para quantificação dos poros 3D, detectados pela tomografia computada de raios-X. A variabilidade espacial da estrutura do solo foi avaliada por meio de semivariogramas gerados a partir das imagens 3D na escala de cinza. A distribuição do diâmetro dos poros detectáveis foi feita por meio da mineração de dados. Paras as inferências estatísticas, foram utilizados os pacotes 'geoR' para os semivariogramas e 'randomForest' para a mineração de dados em linguagem R. A maior continuidade espacial dos poros ocorreu no tratamento G7 nas três profundidades. Os efeitos combinados do sistema de manejo promoveram a maior variabilidade espacial da estrutura do solo no tratamento G28.Com base nos semivariogramas, pode-se inferir que a adoção do sistema em estudo promoveu modificações na rede de poros em todas as direções (X, Y e Z), porém com melhor continuidade dos poros na direção vertical (Z).

Tomografia de raios-X; continuidade espacial; distribuição de poros; cafeicultura


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