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Treino cognitivo para idosos sem déficit cognitivo: uma intervenção da terapia ocupacional durante a pandemia da COVID- 191 1 Pesquisa intervencional aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFPR, sob parecer de nº 3.756.734, e publicada no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (número de Registro RBR-3bq3gq), sendo resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Paraná.

Resumo

Objetivo

Tendo em vista as alterações cognitivas decorrentes do processo normal de envelhecimento, esse estudo teve como objetivo comparar o desempenho de atividades rotineiras e cognitivas, qualidade de vida e sintomas depressivos de idosos saudáveis participantes e não participantes de treino cognitivo aplicado por terapeutas ocupacionais.

Método

ensaio clínico não randomizado, equiparado por alocação em grupos, com abordagem quantitativa de caráter analítico, longitudinal mensurado por meio de avaliações padronizadas: Escala de Depressão Geriátrica, Exame Cognitivo de Addenbrooke-Revisado, Inventário das Tarefas Rotineiras-Estendido, Avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde WHOQOL (BREF e OLD), Instrumento de Avaliação das Atitudes em Relação ao Envelhecimento, aplicadas pré e pós-intervenção. Foram realizadas 24 sessões, duas vezes na semana, com duração de 60 minutos cada. A intervenção teve como base o declínio cognitivo natural do envelhecimento e abrangeu atividades e jogos analisados.

Resultados

grupo caso (n=10), com idade entre 62 e 74 anos (M=67,50, DP= 3,95); grupo controle (n=11), com idade entre 61 e 73 anos (M=68, DP= 4,12). O cálculo do tamanho de efeito (Cohen d) revelou efeito de treino para as seguintes variáveis: Sintomas depressivos (1,12); Cognição: memória (0,82), função visual-espacial (0,55), fluência (0,56), MEEM (1,00) e ACE-R (0,98); Qualidade de vida: funcionamento do sensório (0,61); intimidade (0,51) e físico (0,50). Não foram observados efeitos de ganho para as demais variáveis.

Conclusão

o treino cognitivo foi acompanhado de melhora dos participantes em parte das avaliações padronizadas, sugerindo que a intervenção favorece a melhora das funções cognitivas e a qualidade de vida e redução de sintomas depressivos de idosos participantes.

Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Cognição; Envelhecimento Cognitivo; Idoso

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