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Produtividade e composição mineral de diferentes variedades de batatinha

A finalidade dêste trabalho foi a de estudar o comportamento de diversas variedades de batata, não só quanto à produtividade, precocidade, resistência às moléstias e pragas etc, como, também, verificar a composição química mineral de cada uma delas, nas diversas localidades. Foram dadas as descrições dos principais caraterísticos das variedades, e estudados, física e quimicamente, os solos onde as experiências tiveram andamento. Apreciações foram feitas sôbre as produções nas várias localidades, e os teores minerais contidos na casca e na polpa foram analisados isoladamente. As conclusões tiradas vieram evidenciar que as variedades apresentaram, de modo geral, acentuadas variações em alguns dos seus caraterísticos, como resistência às moléstias, produtividade, precocidade, etc. Assim, as variedades Alpha e Voran mostraram ser as mais resistentes ao ataque da fitóftora, e Eersteling, Saskia e Doré as menos resistentes. A Doré mostrou-se sujeita ao coração ôco; a Eigenheimer e Bintje muito suscetíveis ao embonecamento; a Eigenheimer e Alpha deram maior percentagem de tubérculos com manchas na polpa ; a Saskia foi a mais afetada pela sarna comum, rizoctoniose e nematóides, e a Geelblon foi a que mais produziu tubérculos afilados, devido a vírus. Quanto à precocidade, a Libertas, Alpha e Voran foram as mais tardias ; a Eigenheimer, Bintje e Z.P.C. - 40405 meio precoces, sendo as demais precoces. Em relação à produtividade, considerando-se a média das seis experiências, a Bintje e a Eigenheimer foram as mais produtivas, seguindo-se a elas a Voran, Doré e Alpha. Verificaram-se as menores produções na variedade Libertas, que entrou em uma única experiência. Do ponto de vista estatístico, não encontramos diferenças significativas entre variedades, nas experiências executadas em São Bento do Sapucaí e em Itaiquara ; nas demais, constatamos resultados altamente significativos para tratamentos. A classificação mostrou que a Alpha, Bintje e Doré têm propensão para dar tubérculos graúdos, sendo que a Eigenheimer, principalmente, em produzir miúdos. O exame, após à colheita, indicou que a Eigenheimer e a Alpha têm tendência em produzir manchas internas. A Bintje, Eigenheimer e Voran mostraram-se sujeitas ao emboneca-mento; a Doré, em produzir tubérculos ocos; a Saskia foi muito atacada pela sarna comum, rizoctoniose, nematóides, etc. Quanto à composição química mineral dos tubérculos, ficou constatado, na substância sêca a 110°C, que a casca é mais rica do que a polpa, em água, cinza, magnésio, cálcio e potássio. O fósforo encontra-se, praticamente, distribuído em partes iguais, tanto na casca como na polpa. Entre variedades, foi relativamente pequena a variação dos elementos químicos, podendo-se dizer o mesmo com relação aos tubérculos colhidos nas diferentes experiências.


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