Frequentemente a existência de variabilidade espacial do solo não é considerada, contudo, a uniformidade raramente existe e não pode ser pressuposta sem uma adequada averiguação. O objetivo do trabalho foi utilizar a geoestatística para verificar a variabilidade espacial do solo na área experimental localizada em Ribeirão Preto (SP), sob cultivo da variedade de cana-de-açúcar IAC SP 93-3046. Amostras a cada 10 m, totalizando 97 pontos georreferenciados, foram realizadas para análise química do solo, resistência do solo à penetração e dados biométricos das plantas de cana-de-açúcar incluindo número de perfilhos, diâmetro de colmos, massa de colmos, estimativa de produtividade (TCHe) e densidade de raízes. Utilizou-se a análise geoestatística através de semivariogramas, interpolação dos dados por krigagem e construção de mapas de isolinhas. Os resultados evidenciaram dependência espacial para a maioria dos atributos do solo. As manchas na área com menor resistência do solo à penetração e densidade do solo também foram as de maior número de perfilhos e de maior desenvolvimento da raiz da cana-de-açúcar. Para os atributos químicos do solo, houve dependência espacial mostrando maior concentração de nutrientes do solo no centro da área. A amostragem permitiu boa representatividade da dependência espacial do solo e das plantas sendo descartada a hipótese de aleatoriedade para disposição de parcelas nesta área.
Geoestatística; química do solo; resistência do solo à penetração; raiz; perfilhos
