O presente estudo avaliou o efeito de uma dieta alcoólica sobre estreptococos do grupo mutans e sobre cárie dentária na cavidade bucal de ratos. Quarenta animais foram divididos em 3 grupos conforme a dieta líquida administrada: solução de etanol a 20% (Grupo álcool, GA), solução de sacarose a 27% (Grupo isocalórico, GI) e água (Grupo controle, GC). Após 56 dias, amostras bucais foram coletadas e semeadas em ágar Mitis Salivarius Bacitracina para contagem de unidades formadoras de colônias (UFC/mL) de estreptococos do grupo mutans. Os animais foram sacrificados, maxila e mandíbula foram removidas para analisar a ocorrência de cárie nas faces livres e oclusais usando lupa estereoscópica. Os dados foram submetidos à ANOVA e ao teste de Tukey. As médias dos números de UFC/mL (10³) foram: 8,17 (GA), 9,78 (GI), e 5,63 (GC). Não houve diferença significativa entre os grupos para a ocorrência de cárie oclusal. Em relação ao número de cáries em face livre, na maxila este número no GI (1,58) foi similar ao encontrado no GA (2,06) e no GC (1,14), e o número de cáries no GA foi maior do que no GC; na mandíbula houve diferença significante entre os três grupos: GA (1,14), GI (2,00) e GC (0,43). A dieta com soluções de álcool e sacarose apresentou tendência de aumento na colonização de estreptococos do grupo mutans e aumentou a incidência de lesões de cárie de faces livres nos molares de ratos quando comparada à dieta controle.
Etanol; Streptococcus mutans; Cárie dentária; Alcoolismo
