O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de escovas dentais manual e elétrica no controle de placa em pacientes periodontais após instruções apropriadas. Trinta e seis pacientes periodontais (média de idade de 49 anos, 21 mulheres e 15 homens) foram incluídos e completaram o estudo (100% de adesão). Um delineamento de ensaio clínico randomizado controlado cego e cruzado foi adotado, com pacientes usando durante 2 períodos de 14 dias cada escovas manuais e/ou elétricas. Quatro subgrupos de 9 indivíduos foram estudados: A1 - utilizou escova manual em ambos os períodos experimentais; A2 - utilizou a escova manual durante o primeiro, e a escova elétrica, no segundo período; B1 - usou escova elétrica em ambos os períodos; B2 - iniciou com escova elétrica e utilizou escova manual no segundo período. A escovação foi realizada durante 14 dias e, nos dias 14 e 28, essa foi realizada na clínica, e o tempo de escovação foi cronometrado sem que os pacientes soubessem. O Índice de Placa (Silness, Löe, 1964) foi utilizado. Comparações intragrupo foram realizadas por teste t pareado e intergrupo por teste t para amostras independentes, com um nível alfa de 0,05. Os resultados não identificaram diferenças entre as escovas testadas em relação à placa ou ao tempo utilizado. Entretanto, reinstrução foi detectada como um fator importante, uma vez que, para todos os grupos, o segundo período, após reinstrução, demonstrou menores escores de placa. Conclui-se que aconselhamento profissional e instrução e reinstrução parecem mais importantes para se obter um bom controle de placa do que a escolha da escova em pacientes com doença periodontal.
Periodontite; Placa dentária; Escovação dentária
