Este estudo teve como objetivos determinar os teores de flúor de algumas marcas comerciais de substitutos do leite materno e avaliar a possibilidade de desenvolvimento de fluorose dentária com o consumo destes produtos. Os produtos, todos em pó, foram divididos em três grupos: fórmulas infantis (grupo F, n = 7), leite (grupo L, n = 8) e leite de soja (grupo S, n = 3). As amostras de pó de três latas de lotes diferentes de cada marca comercial foram reconstituídas em água deionizada e analisadas pelo método eletrodo específico, após difusão facilitada por hexametildisiloxane (HMDS). O conteúdo de flúor (mg F/L) dos produtos variou de 0,044 a 0,326 (F), 0,014 a 0,045 (L) e 0,253 a 0,702 (S). Houve diferença significativa (p < 0,05) entre o conteúdo de flúor de latas de lotes diferentes do mesmo produto na maioria das marcas comerciais analisadas. A reconstituição de todos os produtos em água com concentração ótima de flúor, para o consumo de crianças na faixa etária de formação dos dentes decíduos, pode resultar em quantidades diárias de ingestão de flúor superiores a 0,07 mg F/kg peso/dia. Portanto, o consumo desses produtos, principalmente quando reconstituídos em água fluoretada poderia aumentar o risco de desenvolvimento de fluorose dentária.
Fluoretos; Fluorose dentária; Substitutos do leite; Fórmulas infantis; Leite
