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Estudo de danos no DNA induzidos por agentes clareadores dentais in vitro

Clareamento dental é um procedimento simples e conservador para restaurar esteticamente a cor de dentes vitais e não-vitais. Entretanto, alguns estudos têm demonstrado o risco de dano tecidual a partir do contato desses agentes com a mucosa bucal. Neste presente estudo, o potencial genotóxico associado à exposição aos agentes clareadores dentais foi avaliado pelo teste de células individualizadas em gel (teste do cometa) in vitro. Células de ovário de hamster chinês (CHO) in vitro foram expostas a seis agentes clareadores dentais comercialmente disponíveis (Clarigel Gold - Dentsply; Whitespeed - Discus Dental; Nite White - Discus Dental; Magic Bleaching - Vigodent; Whiteness HP - FGM e Lase Peroxide - DMC). Os resultados mostraram que todos os agentes clareadores testados contribuíram para os danos no DNA, como demonstrado pela média do momento da cauda, sendo o efeito mais forte observado na mais alta dose de peróxido de hidrogênio (Whiteness HP e Lase Peroxide, na concentração de 35%). Por outro lado, Magic Bleaching (Vigodent) induziu o menor nível de quebras no DNA. Os controles negativo e positivo apresentaram ausência e presença de danos no DNA, respectivamente. Em suma, esses resultados sugerem que os agentes clareadores dentais podem ser um fator que aumenta o nível de danos no DNA. Uma concentração de peróxido de hidrogênio mais elevada produziu atividades nocivas mais severas no genoma como detectado pelo teste do cometa.

Células CHO; Ensaio em cometa; Clareamento de dente; Testes de mutagenicidade


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