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O efeito da proteína da matriz do esmalte no tratamento de defeitos infra-ósseos: um estudo clínico controlado randomizado boca-dividida

O objetivo deste estudo clínico controlado, randomizado, duplo-cego, tipo boca-dividida foi comparar o efeito clínico do tratamento de defeitos infra-ósseos de 2 ou 3 paredes com retalho de espessura total (RET) associado ou não com a proteína da matriz do esmalte (PME). Treze voluntários com 1 par ou mais de defeitos infra-ósseos foram selecionados com profundidade clínica de sondagem (PCS) > 5 mm. Todos receberam instruções de higiene bucal, raspagem e alisamento radicular. Cada participante recebeu os dois tipos de tratamento: o lado teste foi tratado com RET e PME, e o lado controle recebeu somente RET. Após 6 meses, foi observada uma redução significante na PCS para o grupo PME (de 6,42 ± 1,08 mm para 2,67 ± 1,15 mm) e para o grupo RET (de 6,08 ± 1,00 mm para 2,00 ± 0,95 mm) (p < 0,0001), mas não houve diferença significante entre os grupos (p = 0,13). Um ganho significante de nível clínico de inserção relativo (NCIR) foi observado em ambos os grupos (PME: de 13,42 ± 1,88 mm para 10,75 ± 2,26 mm, p < 0,001; RET: de 12,42 ± 1,98 mm para 10,58 ± 2,23 mm, p = 0,013), mas não houve diferença significante entre os grupos (p = 0,85). A retração gengival (RG) foi maior para o grupo PME (de 1,08 ± 1,50 mm para 2,33 ± 1,43 mm; p = 0,0009) do que para o grupo RET (de 0,66 ± 1,15 mm para 1,16 ± 1,33 mm; p = 0,16), mas essa diferença não foi significante (p = 0,06). Concluiu-se que o tratamento de defeitos infra-ósseos com RET associado à PME não mostrou resultados melhores que o uso de RET sozinho.

Periodontia; Perda óssea alveolar; Regeneração óssea


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