O objetivo do presente estudo foi investigar o impacto da condição bucal na qualidade de vida dos idosos do município de Joaçaba - SC. Foi estudada a população de idosos que participa dos grupos da terceira idade a partir de amostra sistemática por conglomerados de 183 idosos. Foi realizado um levantamento epidemiológico utilizando os critérios de diagnóstico da OMS (Organização Mundial da Saúde) (1997) para verificar a condição bucal dos participantes (uso e necessidades de prótese). Foi aplicado o OHIP (Oral Health Impact Profile) para verificar o impacto da condição bucal na qualidade de vida. Para verificar a desigualdade social, foram utilizados critério Abipeme (Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado), grau de escolaridade e número de pessoas que moram no domicílio. A maioria dos participantes era do sexo feminino (82%), e a média do OHIP foi de 10,35. Não se observou correlação entre OHIP e grau de escolaridade e OHIP e número de moradores por domicílio. Verificou-se correlação de 0,240 (p = 0,001) entre OHIP e Abipeme. A média do OHIP para as pessoas que não usavam prótese superior foi de 12,48 e, para os que usavam, 9,81 (p = 0,399). O OHIP médio para os que necessitavam de prótese superior foi de 13,00 e 8,88 para os que não necessitavam (p = 0,014). Foi verificada a mesma tendência para uso e necessidades de próteses inferior. Concluiu-se que a necessidade de prótese total, tanto superior quanto inferior, mostrou relação com o impacto na qualidade de vida.
Qualidade de vida; Saúde bucal; Geriatria; Levantamentos epidemiológicos
