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Estrutura e composição ao longo de um gradiente sucessional de Floresta de Terras Baixas no sul do Brasil

As Florestas de Terras Baixas constituem um dos ecossistemas mais perturbados e frágeis no bioma Mata Atlântica, mas ainda pouco se sabe sobre sua trajetória sucessional e resiliência. Foram avaliadas alterações na composição de espécies e a estrutura florestal do dossel e sub-bosque ao longo de um gradiente sucessional (floresta jovem-21 anos, floresta imatura-34 anos, floresta madura-59 anos) com o objetivo de verificar as mudanças na composição de espécies e a trajetória sucessional de diferentes estratos destas florestas secundárias. Uma parcela de 0,1 ha (dez sub-parcelas de 10x10 m) foi estabelecida em cada floresta, amostrando-se árvores e arbustos com um diâmetro è altura do peito (DAP) ≥ 4,8 cm (dossel) e para indivíduos com altura > 1 m e DAP < 4,8 cm (sub-bosque). Um total de 3.619 indivíduos de 82 espécies de plantas foram amostrados. O gradiente sucessional foi marcado por um aumento unidirecional na riqueza de espécies com o tempo, e um padrão bidirecional de mudanças de densidade (aumentando da floresta jovem para a imatura e diminuindo da imatura para a madura). As assembléias de plantas eram distintas nas três florestas e nos dois estratos; espécies indicadoras foram pouco compartilhadas entre as florestas. Portanto, cada estádio da cronosequência e cada estrato representam uma comunidade única de plantas. Nossos resultados sugerem pouca previsibilidade das assembleias de plantas destas florestas secundárias, mas uma recuperação relativamente rápida da estrutura da floresta.

cronossequência; dossel; Mata Atlântica; Restinga; sub-bosque


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