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Mamíferos de médio a grande porte de uma Unidade de Conservação urbana e seu corredor ecológico na cidade do Rio de Janeiro, Brasil

Resumo

As áreas protegidas têm papel fundamental na preservação das espécies, na educação ambiental e na manutenção dos serviços ecossistêmicos. A maior parte da população mundial vive em áreas urbanas, o que evidencia a importância das áreas preservadas nos centros urbanos. No entanto, muitas áreas protegidas urbanas no Brasil carecem de levantamentos de espécies, o que limita a conservação da biodiversidade e a implementação de planos de manejo. Neste estudo, inventariamos as espécies de mamíferos de médio e grande porte do Parque Natural Municipal Chico Mendes e do corredor do Canal das Taxas por meio de armadilhas fotográficas, fornecendo assim o primeiro levantamento in situ abrangente de mamíferos terrestres para a área. Também verificamos se houve intercâmbio de fauna de mamíferos entre os parques Chico Mendes e Marapendi através do Canal das Taxas. Entre novembro de 2020 e julho de 2021, com um esforço amostral de 1.334 armadilhas-dia, registramos cinco espécies nativas e cinco espécies exóticas nas áreas de estudo, incluindo uma espécie Vulnerável no município e estado do Rio de Janeiro (Cuniculus paca). Confirmamos que o Canal das Taxas funciona como um corredor de fauna para espécies nativas. Por fim, ressaltamos que listas de espécies baseadas em informações secundárias para a região são de utilidade limitada e recomendamos levantamentos in situ, mesmo em pequenas Unidades de Conservação urbanas da cidade do Rio de Janeiro.

Palavras-chave
Armadilha fotográfica; Unidade de Conservação; corredor ecológico; mamíferos terrestres; áreas urbanas

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