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The period between beta-blocker use and physical activity changes training heart rate behavior

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) propõe que os hipertensos que utilizam beta-bloqueadores e praticam exercícios físicos devem ter sua frequência cardíaca de treinamento (HR) corrigida devido ao efeito cronotrópico negativo desse fármaco. Contudo, se a atividade física é realizada fora da meia-vida plasmática do fármaco, a correção pode não ser necessária. Este estudo investigou a resposta cronotrópica ao exercício dentro e fora da meia-vida plasmática do beta-bloqueador. Nove indivíduos que usavam atenolol ou propranolol e seis controles, efetuaram três sessões de caminhada em três dias, de acordo com diferentes esquemas: EX2 (duas horas após a administração do fármaco, no pico plasmático); EX11 (11 horas após a administração do fármaco, no fim da meia-vida plasmática) e EX23 (23 horas após a administração do fármaco, fora da meia-vida plasmática). As caminhadas foram realizadas em esteira ergométrica e a HR foi monitorada por monitor de freqüência cardíaca. Durante os exercícios, as HR médias foram de 97,2, 108,4 e 109, para EX2, EX11 e EX23, respectivamente, com valor de EX2 estatisticamente mais baixo do que os outros (p<0,05). Não houve diferenças estatísticas no grupo controle (p>0,05). O estudo conclui que a atenuação da resposta cronotrópica positiva, que ocorre durante o exercício em indivíduos que utilizam beta-bloqueadores, é menos evidente quando o exercício é realizado fora da meia-vida plasmática do fármaco.

Beta-bloqueadores; Atenolol; Propranolol; Hipertensão; Exercício Físico; Freqüência cardíaca de treinamento


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