O objetivo deste estudo foi investigar a associação de algumas variáveis para a cicatrização de lesões em pacientes com leishmaniose tegumentar americana (LTA). Os pacientes com diagnóstico clínico e laboratorial foram acompanhados depois do tratamento por avaliação clínica e reação de imunofluorescência indireta (IFI), de setembro de 2000 a dezembro de 2003. Dos 163 pacientes 85,3% apresentaram cicatrização das lesões no último retorno para a avaliação clínica e 82,7% destes tiveram a IFI negativa indicando uma associação entre a cicatrização das lesões e a negativação da IFI (p=0,000). Nos pacientes acompanhados até 120 dias depois do tratamento houve associação significativa entre os resultados negativos da IFI e a cicatrização das lesões (p=0,0000). A análise pela regressão logística mostrou que quando a IFI do primeiro retorno após o tratamento foi negativa, o paciente tinha 2,175 mais chance de cicatrização (p=0,0001). Os resultados mostram associação entre a negativação da IFI e a cicatrização das lesões quando o primeiro retorno foi até 120 dias e que as chances de cicatrização são significativamente maiores nos pacientes que apresentaram IFI negativa no primeiro retorno depois do tratamento.
Leishmaniose cutânea; Leishmania (Viannia) braziliensis; Lesão cutânea