A hipótese testada neste estudo foi a de que dinâmicas temporais mais complexas, isto é, mais irregulares, e uma rede com maior conectância global suportariam maior estabilidade de parâmetros relacionados às trocas gasosas (assimilação líquida de CO2 e transpiração) em plantas sob deficiência hídrica. Para tanto, dois genótipos de Phaseolus vulgaris foram submetidos a um período de suspensão da irrigação e subseqüente re-hidratação para avaliar a recuperação das plantas. As trocas gasosas foram medidas em intervalos de 10 segundos durante 6 horas para a obtenção de séries temporais adequadas para os cálculos de complexidade por meio do uso da medida de Entropia Aproximada (ApEn), e conectância da rede de trocas gasosas em cada condição testada. Notavelmente, o genótipo Jalo Precoce mostrou significativa maior estabilidade que o Guarumbé, coincidindo com maior complexidade na dinâmica de cada parâmetro de trocas gasosas e maior conectância global no genótipo Jalo Precoce. Esse resultado foi consistente com outras observações de maior homeostase em redes mais complexas, em um contexto mais amplo, como observado em ritmos cardíacos e dinâmicas respiratórias.
Complexidade; conectância em redes; deficiência hídrica; dinâmica temporal; Entropia Aproximada; fotossíntese; teoria de estresse em plantas
