Plântulas de dois genótipos de sorgo [Sorghum bicolor (L.) Moench], um tolerante (CSF 20) e outro sensível (CSF 18), foram cultivadas em solução nutritiva contendo 0, 50 e 100 mmol.L-1 de NaCl durante sete dias. O potencial osmótico (Ys) e a contribuição de solutos orgânicos e inorgânicos foram, então, determinados. O estresse salino reduziu o Ys do suco celular em folhas e raízes dos dois genótipos, principalmente do sensível. A maior queda no Ys no genótipo sensível, pareceu ser, pelo menos em parte, resultado dos maiores acúmulos de Na+ e Cl- que, provavelmente, excederam a quantidade necessária ao ajustamento osmótico. Entre os solutos inorgânicos, K+ foi o que mais contribuiu para o Ys de folhas e de raízes em plantas não-estressadas, sua contribuição, porém, decresceu com a intensificação do estresse salino, principalmente no genótipo sensível. Os carboidratos solúveis e os aminoácidos foram os solutos orgânicos que mais contribuíram para o Ys nas folhas e raízes, respectivamente. Não se observaram diferenças estatísticas para a contribuição de tais solutos para o Ys foliar entre os genótipos. Suas contribuições para o Ys de raízes, no entanto, foram maiores no genótipo tolerante, especialmente no tratamento com maior concentração de NaCl. A contribuição da prolina para o Ys foi pequena nas folhas e raízes dos dois genótipos e sua acumulação não se correlacionou com a tolerância à salinidade. Os resultados sugerem que o genótipo tolerante foi capaz de manter um "pool" osmótico mais adequado em suas raízes e folhas do que o sensível sob estresse salino.
ajustamento osmótico; íons; salinidade; solutos orgânicos; Sorghum bicolor
