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O papel do exame clínico e da biópsia de nasofaringe no diagnóstico de doenças malignas Como citar este artigo: Arslan N, Tuzuner A, Koycu A, Dursun S, Hucumenoglu S. The role of nasopharyngeal examination and biopsy in the diagnosis of malignant diseases. Braz J Otorhinolaryngol. 2019;85:481-5.

Resumo

Introdução:

Em proporção direta à taxa crescente de exames de nasofaringe que são feitos, o diagnóstico precoce e o tratamento de lesões nessa região têm sido possíveis. Nem sempre os achados clínicos e os resultados da primeira biópsia são consistentes, levando à necessidade de biópsias repetidas.

Objetivos:

Avaliar a distribuição dos resultados dos testes histopatológicos obtidos pela biópsia de nasofaringe, determinar quais métodos foram mais frequentemente usados na identificação e investigar os casos nos quais a biópsia precisou ser repetida.

Método:

O estudo incluiu 1.074 pacientes (500 mulheres, 574 homens) submetidos a biópsia de nasofaringe em nossa clínica entre junho de 2011 e junho de 2017. Os dados foram obtidos dos prontuários dos pacientes e incluíram idade, sexo, achados clínicos, achados de imagem e diagnóstico histopatológico. Os diagnósticos histopatológicos foram separados em três grupos principais como nasofaringite crônica, citologia benigna e citologia maligna.

Resultados:

Os exames resultaram em 996 casos laudados como nasofaringite crônica, 47 como citologia benigna e 31 como citologia maligna. Das 31 lesões malignas, o diagnóstico foi feito em 15 (48,4%) com uma única biópsia e em 16 (51,6%), quando duas ou mais biópsias foram feitas. Na comparação das lesões benignas e malignas em relação à necessidade de biópsias repetidas, os casos determinados como malignos mostraram uma taxa estatisticamente maior de biópsia repetida (p < 0,001).

Conclusão:

Em comparação com os casos de tumores benignos, um número estatisticamente maior de biópsias repetidas foi necessário em casos diagnosticados como tumores malignos, para confirmação do diagnóstico histopatológico ou na suspeita continuada de malignidade. Portanto, quando há suspeita clínica, mesmo que não haja achados de malignidade na primeira biópsia, ela deve ser repetida tão logo seja possível.

PALAVRAS-CHAVE
Carcinoma de nasofaringe; Biópsia de nasofaringe; Nasofaringoscopia endoscópica

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