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Terapia adjuvante de betaistina para o tratamento de indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior: um ensaio clínico randomizado Como citar este artigo: Sayin I, Koç RH, Temirbekov D, Gunes S, Cirak M, Yazici ZM. Betahistine add-on therapy for treatment of subjects with posterior benign paroxysmal positional vertigo: a randomized controlled trial. Braz J Otorhinolaryngol. 2022;88:421-6.

Resumo

Introdução

A vertigem posicional paroxística benigna é um distúrbio vestibular comum, responsável por um quinto das internações hospitalares por vertigem, embora seja comumente não diagnosticada.

Objetivo

Avaliar os efeitos da terapia adjuvante com betaistina no tratamento de indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior.

Método

Este estudo randomizado controlado foi feito em uma população de 100 indivíduos com vertigem posicional paroxística benigna posterior. Os indivíduos foram divididos nos grupos: manobra de Epley + betaistina (grupo A) e manobra de Epley apenas (grupo B). Os indivíduos foram avaliados antes e uma semana após a manobra por meio da escala visual analógica EVA e do questionário dizziness handicap inventory.

Resultados

Cem indivíduos completaram o protocolo do estudo. A manobra de Epley demonstrou uma taxa de sucesso global de 95% (96% no grupo A; 94% no grupo B, p = 0,024). Os grupos A e B tiveram escores basais semelhantes na EVA (6,98 ± 2,133 e 6,27 ± 2,148, respectivamente, p = 0,100). Após o tratamento, o escore na EVA foi significantemente menor em ambos os grupos e foi menor no grupo A do que no grupo B (0,74 ± 0,853 vs. 1,92 ± 1,288, respectivamente, p = 0,000). A mudança no escore da EVA após o tratamento em comparação com a linha basal também foi significativamente maior no grupo A do que no grupo B (6,24 ± 2,01 vs. 4,34 ± 2,32, respectivamente, p = 0,000). Os valores basais no dizziness handicap inventory também foram semelhantes nos grupos A e B (55,60 ± 22,732 vs. 45,59 ± 17,049, respectivamente, p = 0,028). Após o tratamento, eles foram significantemente menores em ambos os grupos. A mudança no escore após o tratamento em comparação com a linha basal também foi significantemente maior no grupo A do que no grupo B (52,44 ± 21,42 vs. 35,71 ± 13,51, respectivamente, p = 0,000).

Conclusão

A manobra de Epley é eficaz no tratamento da vertigem posicional paroxística benigna. O tratamento complementar com betaistina na vertigem posicional paroxística benigna posterior resultou em melhoria tanto no escore da EVA quanto no do dizziness handicap inventory.

Palavras-chave
Betaistina; Vertigem; Tontura; Manobra de Epley; Qualidade de vida

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