Allevi et al. (2020)1111 Allevi F, Dionisio A, Baciliero U, Balercia P, Beltramini GA, Bertossi D, et al. Impact of COVID-19 epidemic on maxillofacial surgery in Italy. Br J Oral Maxillofac Surg. 2020;58:692–7.
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Estudo transversal |
32 cirurgiões bucomaxilofaciais |
A maioria das unidades de cirurgia bucomaxilofacial tem feito tratamento cirúrgico de trauma facial (74%) e oncologia de cabeça e pescoço (90%). |
Os swabs nasofaríngeos foram feitos principalmente em pacientes sintomáticos (43%), seguidos por pacientes já internados (18%) e candidatos a cirurgia (9%). As máscaras FFP2/N95 foram fornecidas em 61% dos departamentos maxilofaciais. Luvas descartáveis e máscaras cirúrgicas foram fornecidas em 91% e em 100% das enfermarias bucomaxilofaciais, respectivamente, enquanto os aventais descartáveis foram fornecidos apenas em 39% das unidades bucomaxilofaciais. |
22% das unidades bucomaxilofaciais encontraram cirurgiões infectados (4% dos cirurgiões bucomaxilofaciais), de diferentes graus de acordo com a intensidade de contaminação das áreas geográficas. |
Toda a atividade maxilofacial foi bastante reduzida durante o período da epidemia de COVID-19: a cirurgia de tumor e a cirurgia de trauma foram amplamente garantidas, enquanto outras doençasacumularam atrasos. |
Barca et al. (2020)1212 Barca I, Cordaro R, Kallaverja E, Ferragina F, Cristofaro MG. Management in oral and maxillofacial surgery during the COVID-19 pandemic: our experience. Br J Oral Maxillofac Surg. 2020;58:687–91.
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Análise prospectiva |
33 Pacientes |
As principais patologias foram traumas e doenças oncológicas não diferenciáveis, sendo 20 fraturas e 13 tumores |
1. Questionário de triagem.
2. O swab nasofaríngeo (RT-PCR) foi feito no momento da hospitalização e após 24 horas e os pacientes permaneceram em áreas dedicadas até que os resultados estivessem disponíveis.
3. Proteção intraoperatória: Equipe de saúde utilizaram Equipamento de proteção individual (EPI): máscara N95 ou FFP2, proteção para os olhos, avental impermeável e luvas cirúrgicas.
4. Manejo pós-operatório: Os pacientes permaneceram internados em quartos individuais. Eles passaram por controle periódico dos valores de pressão arterial, temperatura corporal.
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Todos os pacientes foram negativos. |
Os autores recomendaram:
Repetição da triagem; 48 horas de teste no pré-operatório, antes de entrar na enfermaria, que inclui dois testes de COVID-19 com 24 horas de intervalo (se ambos os testes forem negativos, a cirurgia pode prosseguir com precauções aprimoradas em relação a transmissão aérea);
Alojamento em quarto individual de hospital;
Velocidade de execução do preparo pré-operatório
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Blackhall et al. (2020)1313 Blackhall KK, Downie IP, Ramchandani P, Kusanale A, Walsh S, Srinivasan B, et al. Provision of emergency maxillofacial service during the COVID-19 pandemic: a Collaborative Five Centre UK Study. Br J Oral Maxillofac Surg. 2020;58:698–703.
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Estudo transversal |
529 pacientes |
Houve 255 casos relacionados a traumas, 221 infeçcões e 48 casos de complicações pós-operatórias. |
Os autores encontraram um uso relativamente bom de EPI, adequado para a atividade clínica desenvolvida em toda a região. Todos os médicos que realizaram intervenções cirúrgicas na cavidade oral utilizaram o EPI apropriado, incluindo máscaras FFP3. Houve um uso variado de EPI apenas para exame e cirurgia extraoral, porém não houve evidências que sugerissem proteção inadequada. |
A grande maioria dos pacientes tinha um status desconhecido de Covid-19; entretanto, foram tratados como se fossem portadores assintomáticos da infeçcão. |
Ter um sistema robusto de gerenciamento remoto de pacientes e um caminho pré-planejado para gerenciar emergências odontológicas aliviaria a pressão indevida sobre o serviço, que precisa ser estabelecido em parceria com os diversos atores envolvidos na prestação de serviços odontológicos. |
Huntley et al. (2020)1414 Huntley RE, Ludwig DC, Dillon JK. Early effects of COVID-19 on oral and maxillofacial surgery residency training-results from a national survey. J Oral Maxillofac Surg. 2020;78:1257–67.
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Estudo transversal |
174 residentes em treinamento |
Todos os entrevistados indicaram que seus programas tinham feito modificações no agendamento de casos eletivos, com 97,7% afirmando que seu programa havia parado de realizar casos eletivos.
Os casos de urgência ou emergência também foram afetados, com 83,6% dos entrevistados indicando que houve mudanças no agendamento desses casos.
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Quase todos os residentes (96,5%) relataram modificações em seu programa de treinamento e 14% foram transferidos para rotações clínicas fora do serviço (por exemplo, medicina, unidade de terapia intensiva).
O uso de uma máscara respiratória N95 mais precauções padrão de EPI durante os procedimentos com geração de aerossóis variou de acordo com o local do procedimento, com 36,8% relatando acesso limitado a essas máscaras. Práticas de triagem generalizadas estavam em uso e 83,6% usavam testes virais baseados em laboratório.
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NI |
Amplas alterações na prática clínica de cirurgia oral e maxilofacial ocorreram para aqueles em programas de treinamento de residência em cirurgia oral e maxilofacial durante a pandemia de COVID-19. |
Maffia et al. (2020)1515 Maffia F, Fontanari M, Vellone V, Cascone P, Mercuri LG. Impact of COVID-19 on maxillofacial surgery practice: a worldwide survey. Int J Oral Maxillofac Surg. 2020;49:827–35.
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Estudo transversal |
166 cirurgiões bucomaxilofaciais |
Foi relatado que a traumatologia foi o serviço mais mantido, resultou em OAI de 83,2%. Apenas 13,5% das instituições respondentes haviam fechado esta subespecialidade. A cirurgia oral, praticada em 90,4% dos centros, diminuiu a atividade para 34,6%, com redução geral de 55,8% de rendimento e OAI de 38,3%. |
Mais da metade (57,1%) dos centros de cirurgia bucomaxilofacial que relataram não receber nenhuma orientação sobre o manejo da Covid-19 também não receberam equipamentos de proteção individual (EPI) de sua administração. Além disso, 7% dos centros, apesar de receberem tais orientações, não receberam EPI. |
NI |
Parece apropriado solicitar que todas as instituições de saúde recebam protocolos bem pesquisados e documentados para lidar com futuras pandemias globais inevitáveis. |
van der Tas et al. (2020)1616 van der Tas J, Dodson T Buchbinder D, Fusetti S, Grant M, Leung YY, et al. The global impact of COVID-19 on craniomaxillofacial surgeons. Craniomaxillofac Trauma Reconstr. 2020;13:157–67.
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Estudo transversal |
511 cirurgiões bucomaxilofaciais |
Mais de 80% de todos os cirurgiões nas diferentes regiões deixaram de realizar cirurgias eletivas. |
A melhor proteção oferecida aos cirurgiões ocorreu na Austrália, onde os cirurgiões podem trabalhar com máscaras N95/FFP2 (60,0%) ou sistemas PAPR (40,0%), seguido pela América do Norte relatando disponibilidade de máscaras N95/FFP2 (47,7%). |
NI |
O impacto do Covid-19 entre os cirurgiões CMF é global e afeta negativamente a prática clínica e a vida pessoal dos cirurgiões craniomaxilofaciais. |
Brar et al. (2021)1717 Brar B, Bayoumy M, Salama A, Henry A, Chigurupati R. A survey assessing the early effects of COVID-19 pandemic on oral and maxillofacial surgery training programs. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2021;131:27–42.
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Pesquisa transversal |
95 diretores de programas de residência |
Em meio à pandemia do COVID-19, todos os programas participantes continuaram a fornecer serviços limitados aos pacientes. Estes incluíram serviços de urgência odontológica (93,9%); procedimentos cirúrgicos de urgência e emergência, como correção de fraturas faciais ou ressecção oncológica e reconstrução (93,9%); consultas de acompanhamento pós-operatório (75,8%); consultas odontológicas em internação (72,7%); e novas consultas ambulatoriais (36,4%). |
No ambiente da sala de cirurgia, o nível de EPI recomendado para procedimentos geradores de aerossóis envolvendo o trato aerodigestivo para uso por pacientes com status desconhecido de Covid-19 incluiu principalmente um respirador N95 com proteção facial completa, avental descartável e luvas (61,5%). |
NI |
Os programas de treinamento em cirurgia bucomaxilofacial devem dar mais atenção ao fornecimento de recursos adequados de redução do estresse aos residentes para manter seu bem-estar e treinamento e minimizar o risco de exposição durante uma epidemia global em evolução. |