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Variantes do carcinoma papilífero da tireoide: associação com fatores prognósticos histopatológicos

O carcinoma papilífero é a malignidade tireoidiana mais comum. Muitas variantes desse tumor foram descritas, com diferentes características morfológicas e moleculares. Embora a maioria dos casos apresente um excelente prognóstico, a relação entre a arquitetura tumoral e o comportamento biológico dessas neoplasias ainda permanece controversa.

OBJETIVO:

Apresentamos a experiência de um único serviço acerca da prevalência das variantes do carcinoma papilífero da tireoide e sua relação com os demais fatores prognósticos histopatológicos.

MÉTODO:

Estudo retrospectivo envolvendo todos os casos submetidos à tireoidectomia por carcinoma papilífero na mesma Instituição ao longo de 11 anos de estudo.

RESULTADOS:

Foram incluídos 517 pacientes, sendo 81,9% dos casos representados mulheres. A média de idade foi de 47,2 anos. As variantes reconhecidas por terem maior potencial de agressividade corresponderam a 5,6% da amostra. Observamos associação desses subtipos tumorais com maior diâmetro da lesão, estadiamento T, invasão linfovascular e da cápsula da glândula.

CONCLUSÃO:

Um pequeno percentual de casos de carcinomas papilíferos é representado por variantes reconhecidas por seu maior potencial de agressividade. Existem associações entre essas variantes e diversos outros fatores histopatológicos já reconhecidos por seu valor prognóstico, o que pode, por si, só influenciar no desfecho desses casos.

carcinoma papilar; neoplasias da glândula tireoide; prognóstico


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