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Técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) no diagnóstico da tuberculose cutânea

Visando melhorar o diagnóstico laboratorial da Tuberculose Cutânea, foi realizado o estudo da aplicação da técnica de PCR em amostras de tecidos cutâneos macerados, descontaminados (com H2SO4 4% para eliminação da microbiota normal), neutralizados (com NaOH 4%) e armazenadas a -20ºC. Das 37 amostras submetidas ao estudo, 16,22% apresentavam baciloscopias positivas para bacilos álcool-ácidos resistentes (método concentrado) e em 43,24% houve o isolamento do Mycobacterium tuberculosis em meio de cultivo Löwenstein-Jensen. Utilizando-se de primers para a região 16S rDNA do M. tuberculosis, o DNA micobacteriano foi detectado em 24,32% das biópsias. A sensibilidade e especificidade da PCR foram 43,7% e 90,4%, respectivamente. Devido à baixa sensibilidade e resultados divergentes entre as técnicas bacteriológicas e PCR (para a seqüência 16S rDNA), as amostras foram repetidas em um novo PCR com primers para a região IS6110. Tanto a sensibilidade como a especificidade da PCR com primers para IS6110 alcançaram 100% em relação ao cultivo. Os resultados confirmam a eficácia da PCR utilizando primers para a seqüência IS6110 e oferecem a possibilidade da técnica ser aplicada em amostras congeladas enviadas por serviços que não identificam o M. tuberculosis por técnicas de biologia molecular.

Mycobacterium tuberculosis; tuberculose cutânea; Reação em Cadeia da Polimerase (PCR); diagnóstico laboratorial


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