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Viabilidade e infectividade de inoculante ectomicorrízico produzido em biorreator airlift e encapsulado em algianto de cálcio

Estudou-se a viabilidade e a infectividade de inoculante fúngico ectomicorrízico (isolado UFSC-Rh90, Rhizopogon nigrescens), produzido através de cultivo submerso em biorreator airlift e encapsulado em gel de alginato de cálcio. O inoculante permaneceu viável após 18 meses em solução de NaCl (0,85%) a 8 ± 1ºC. O micélio emergiu dessas cápsulas após 48 h de incubação a 25 ± 1ºC em meio de cultura sólido. A viabilidade dos pellets de micélio não imobilizado, armazenados sob as mesmas condições, reduziu-se gradualmente após três meses de armazenamento e atingiu 0% aos 12 meses. Esses pellets apresentaram um escurecimento gradual que foi mais intenso naqueles localizados próximos à superfície da solução de NaCl. Em meio de cultura, os pellets escurecidos mostraram-se inviáveis. A imobilização em gel mantém a viabilidade do micélio durante o armazenamento, além de oferecer uma barreira física quando aplicado ao substrato de plantio. Após oito meses de armazenamento sob refrigeração, o inoculante imobilizado colonizou uma média de 37% das raízes curtas de mudas de Pinustaeda, quando aplicado ao substrato de plantio sob condições de casa-de-vegetação. Esse inoculante apresenta potencial para produção comercial e aplicação nos viveiros florestais.

Rhizopogon nigrescens; fungo ectomicorrízico; cultivo submerso; Pinus taeda


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